Bagunça. Cada um anda para um lado e quem encontrar algo primeiro, chama os demais. Se não der certo, recomeçam.
Esse parece ser o planejamento do Santos para a temporada de 2025 que será mais do que desafiadora nos gramados. O time volta da Série B e do elenco que conquistou o acesso, muito precisa ser reformulado.
O Campeonato Brasileiro de 2024 mostrou que a Série A está muito diferente – já estava em 2023 quando o Santos foi rebaixado e este ano mostrou que o clube que não se organizar e montar um elenco de qualidade e ter no comando um treinador capacitado, vai cair – ou lutar até a rodada 38 para evitar a queda.
O ano de 2024 para o Santos após o rebaixamento se mostrou até que bom. O elenco foi remontado e chegou até a decisão do Paulistão – havia três anos que sequer jogava a fase final e lutou nestes mesmos anos para, acreditem, não cair para a Série A2 do Estadual.
No dia 11 de novembro, o acesso foi confirmado após a vitória contra o Coritiba. No dia 18, Carille foi demitido antes mesmo do último jogo – espero que para sempre, na Série B.
Desde então, o clube não tem um treinador para 2025. Não chegam os reforços necessários para a disputa do Paulistão, Copa do Brasil de premiação milionária e para uma dificílima Série A.
Este ano assistimos como a transformação pela qual o Botafogo passou trouxe resultados em campo. A lição pela perda do Brasileiro de 2023 foi melhorar a organização do futebol com a contratação do treinador português Artur Jorge, reformulação do elenco, culminando com as conquistas da Libertadores e do Brasileiro. Organização e não um completo cada um para um lado e quem conseguir algo, chama.
O Santos precisa de um choque de gestão que infelizmente não vai acontecer nesta gestão e com muito pesar, em uma próxima, salvo apareçam em nosso caminho pessoas que assumam o clube e transformem o hoje clube amador, em profissional.
Hoje, vivemos mais de nossas glórias e conquistas do passado do que propriamente de alegrias do presente. Aliás, que alegria tivemos nos últimos quatro anos? Falo por mim – decepção, raiva, choro, desgosto, vergonha e humilhação.
Para voltar às glórias precisamos de organização e capacitação. E hoje, estamos tão longe que estas palavras chegam ao Santos somente em forma de sonho.
No Santos, daqui para frente, é só para trás.
André Mendes – Jornalista – Mtb. 35.270